quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Entrevista com Lucia Welt

Prezada Lucia Welt

Envio esta abertura do meu blog para que o conheça e aos meus propósitos.
Gostaria de entrevistá-la, reconhecendo que tenho dúvidas quanto à sua verdadeira identidade.

Blog: Investigando o Mistério Alma Welt


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Lúcia Welt para mim mostrar detalhes 02:35 (8 horas atrás) Responder

Senhor Jensen

Tens o mesmo sobrenome da doutora, nossa amiga psiquiatra que tratava da Alma. Permita-me portanto dizer que eu também tenho dúvidas sobre a tua identidade. Não obstante, devo dizer que respeito a idéia que move os teus propósitos e pude perceber que escreves muito bem , em português escorreito, o que é meio caminho andado. Estou pois a tua disposição para essa entrevista, já que abordaste o assunto de maneira respeitosa no teu blog, malgrado as tuas suspeitas. Não deixa de ser interessante...

Sem mais,
aguardando,
Lucia Welt

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A ENTREVISTA COM LUCIA WELT


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>Prezada LuciaSaudaçõesSendo assim, já que você me concede a entrevista, envio então a você estas perguntas:

1.JUNGMAR: Porque razão não há nenhuma foto da Alma nem sua, Lucia, em nenhum lugar da Internet, nem no livro publicado Contos da Alma, constando sempre, de uma e outra, apenas retratos em pintura e desenho sempre do mesmo artista, o Guilherme de Faria?

LUCIA: Quando se conheceram em São Paulo, em julho de 2001, Alma e Guilherme combinaram que ela jamais deveria divulgar suas fotografias, que ele seria o seu único retratista autorizado e a retrataria somente em desenhos, pinturas e gravuras, nunca em fotos, como estratégia mesma de divulgação da beleza da Alma, que a fotografia jamais conseguiria captar na verdadeira medida. Por extensão, embora não seja eu uma beldade mas uma pessoa comum, também divulguei meu rosto pelo magnífico retrato que o grande artista Guilherme de Faria, nosso amigo, fez de mim.

2JUNGMAR:. Como se explica que a Alma sendo cheia de vitalidade, e demonstrando sempre imensa paixão pela vida e pela arte, embora com momentos melancólicos ou angustiados, como todo mundo, tenha afinal se suicidado, como diz você, "no auge de sua beleza e talento" aos 35 anos?

LUCIA: Na verdade não temos mais certeza de que a Alma tenha se suicidado. Creio agora que nós nos precipitamos...

3.JUNGMAR: Se Alma era um caso de "transtorno bipolar ", como li em algum lugar de seus comentários, Lucia, a que tatamento químico ela estava submetida?

LUCIA: Ela começou a tomar remédios sim, depois da primeira internação, mas não revelarei aqui o nome do remédio.

3.JUNGMAR: Espanta aos leitores, pelo menos a mim, o número de estupros que Alma sofreu ao longo de sua vida, revelados por ela em sua literatura. Eu contabilizei pelo menos seis relatos em diferentes textos. Isso não é verossímil. Não seria uma fantasia sado-masoquista da poetisa? Ela mesma confessa essa tendência em alguns textos seus. Aquele "rabo-de-tatu" herdado de seu avô, e que ela carregava até na sua mochila, é verdade? Existia mesmo?

LUCIA: Vamos por partes. Alma foi violada por um adulto, aos doze anos numa fazenda que não era a nossa, num outro estado, mas que não revelarei aqui. Ela mesma revelou isso de maneira sutil, insinuada, no seu conto As Férias da Infância da Alma, que consta do livro Contos da Alma. Quanto ao episódio de seu estupro pelo namorado de Aline, em São Paulo, no seu próprio ateliê, infelizmente creio que seja mesmo verdade. Há ainda a violência inominável que ela sofreu por parte do meu ex-marido, já falecido, que se revelou um verdadeiro bandido. O rabo-de-tatu era verdade, sim, infelizmente. Mas isso foi analizado pela doutora Jensen, e essa análise se encontra num texto da Alma, na verdade numa carta da sua correspondência com Andrea, uma jornalista. Quanto aos outros episódios encontrados aqui e ali, até na sua série de Sonetos Luxuriosos, creio que sejam fantasia, mas não podemos ter certeza. Alma era uma guria de extraordinária beleza, que se tornava tentadora até para os bons, quanto mais para os maus. A sensualidade natural de seu corpo belíssimo, sua brancura perfeita, sua delicadeza, seus magníficos olhos verdes, felinos, seus lábios, toda ela era uma promessa de delícias para os luxuriosos, infelizmente.

4. JUNGMAR: Li na sua correspondência íntima com o poeta mineiro Claudio Bento, que você publicou num blog específico, que há a possibilidade de Alma não ter se matado, e sim ter sido assassinada, com provável violação. Isso é escabroso demais. Como a família reagiu? Por quê não se falou mais disso? A que chegaram as investigações do tal delegado Benotti que você menciona naquelas cartas?

LUCIA: As investigações prosseguem e não posso revelar em que ponto estão para não prejudicar o andamento. Mas creio que estão próximas de uma solução, embora as circunstâncias de sua morte tenham muitos pontos obscuros, misteriosos mesmo.

5.JUNGMAR: Se sua família possui uma estância com um vinhedo no Pampa, isso quer dizer que tem posses, recursos. Porque razão, a família Welt não publicou a obra toda da Alma em livros, já que poderia fazê-lo, pagando suas edições, por alguma boa Editora, aí do Sul mesmo, por exemplo?

LUCIA: Alma nos fez prometer de que jamais pagaríamos por suas edições. Ela achava que assim não tinha valor. Ela aceitou ser publicada por uma pequena editora de São Paulo, que nem outros títulos tem de literatura, somente porque seus responsáveis bancaram a edição de 1.000 exemplares, com direitos por cinco anos, que se esgotarão neste ano que entra.. E também aceitou que seus poemas fossem publicados em forma de folhetos embalados em Kits de madeira (caixinhas) de maneira artesanal, muito graciosa, pelas Edições do Pavão Misterioso, do Guilherme de Faria (ver na Livraria da Vila , da Al. Lorena).

6. JUNGMAR: Com a grandeza evidente da obra Alma, por que razões não vemos notícias dela fora do âmbito da Internet? Porque nunca apareceu notícias suas na grande mídia (jornais, revistas, televisão, rádio, etc..)?

LUCIA: Isso é mais difícil de explicar, mas creio que a obra de minha irmã, Alma Welt, sendo grande obra de arte constitui por essa simples razão um obstáculo a ser encarado pelas editoras. É como eu disse, numa metáfora bastante feliz, com a qual me congratulo: Alma não era forró, Alma era solo de violino, ou "música de câmara". Talvez também um solo de flauta transversal, ou uma ária para soprano. A Editoras querem te lucros fáceis e garantidos. Mas creio firmemente que elas se enganam. A obra da Alma, apesar de refinada tem os elementos para, se publicada, se tornar best-seller. Haja visto o seu sucesso na Internet, e os sites literário onde ela postava e naqueles em que passei a postá-la postumamente. A sua obra impressiona, encanta, comove, embevece as pessoas e até as instrui. As pessoas reconhecem que estão diante de uma grande autora, de um gênio literário, mesmo.

7. JUNGMAR: Estas foram só as primeiras perguntas. Peço licença para enviar mais, e publicar a entrevista no meu blog. Concorda?

LUCIA: Sim.

2 comentários:

  1. Pretendo escrever em breve um livro sobre meu aprendizado anímico com essa verdadeira iniciada, a Alma. Alma é, em síntese, um fenômeno literário de alcance mundial.
    Rogério Silvério de Farias, contista.

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  2. Caro sr. Rogério Silvério
    Me parece difícil, por enquanto julgar o alcance da obra da Alma em nível mundial, pois pelo que sei, somente os países de língua portuguesa e talvez os de lingua castelhana (graças a 35 sonetos da Alma vertidos para esse idioma por sua irmã Lucia)se inteiraram da obra da grande Poetisa. Por que razão ela ainda não foi vertida para o inglês, verdadeiro idioma universal, é outro mistério. Alma parece realmente oculta ou deliberadamente "ocultada", o que corrobora a sua tese de que ela era uma "iniciada". Entenda, meu intuito ao investigar o fenômeno Alma Welt é o mais bem intencionado possível. Se eu esbarrar num fenômeno "iniciático" comprovado, recuarei, pelo menos em termos publicos.
    Um abraço,
    aguardando novos preciosos subsídios
    saudações do
    Jungmar

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